sábado, 14 de julho de 2007

Sparks


Adormeci-me em ti. Para me veres sorrir hoje novamente. Para que as estrelas se pintem para nós. Não sei onde estou, nem sei ao certo quem sou agora. Quanto de mim és tu e quanto em mim é teu. Faz-me saltar, rebolar. Faz-me acreditar. Que o amanhã começa hoje e que é um dia de alegria.
Crava-me a pele, tatua-me o corpo de ti. E ri. Ri. Ri. Que a alegria é o nosso combustível. Faz-me arder em alegria. Viaja em mim. E deixa o tempo parar em nós, como se não houvesse mais tempo, só espaço. O espaço que somos nós sem que mais nada exista. Hoje somos só nós.
Vamos partir os vidros. E mandar com as cadeiras contra as paredes. Vamos gritar até não termos mais voz. E rir com o que resta do nosso fôlego. Vamos por aí sem destino. Por dentro de nós, por fora do mundo. Vamos e o resto que se foda.
E as luzes... e o ritmo... em nós. Tudo gira, tudo flutua, tudo explode... em nós.
E o Amor? O Amor que se foda. Não me fales em Amor que eu não sei o que isso é. Só conheço a dor e a alegria. E o meio que é vazio.
Vamos pular. Até cair para o lado. Até cair. Para depois me levantar em ti. Chega de palavras. Não servem para nada para além de nos fazerem pensar e pensar e pensar. Nós não somos palavras. Somos acção. No fim o que conta será sempre o que fizemos ou deixámos por fazer, o que tentámos ou deixámos por tentar. Que se fodam as palavras. Todas, todas, todas.
Rasga-me a boca com sorrisos. Cega-me os olhos com o brilho da alegria. E ri. Ri. Ri.
Ri.
Ri.
Ri.

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